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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

VOLTANDO A QUESTÃO DO RAW

Amiguinhos(as), eu achei meio técnico aquela definição de RAW postada na semana passada. Mas de muito valeu ela. Bom seguindo aquela minha frase que fotógrafo tem q ser 51% prática e 50% leitura (entenda leitura como um todo: ver fotos, analisar portifólios, ler livros, revistas), mas a leitura não superará a prática, na minha opinião. Eu agora de férias da universidade, fui pegar uns livros de fotografia para me atualizar, e achei um MUUIIITTO BOM, que acho que irei até comprar um exemplar do mesmo. O livro se chama "O caminho da cor", de Alex Villegas, Editora Photos, esse livro é do ano de 2009, ou seja atual!
Cheguei no capítulo que se intitula RAW vs JPEG. Putz foi a salvação para eu entender de fato o motivo de se fotografar em RAW. Aqui segue o que fala o livro, fielmente repassado a vocês, caros leitores:

"RAW vs JPEG, DO PONTO DE VISTA DAS CORES

Agora uma afirmação categórica: de certa forma, não existe RAW vs. JPEG - toda, absolutamente toda imagem é capturada em RAW. Faz parte da natureza das câmeras digitais, como vimos no capítulo anterior.
-Impossível- dirá aquele que fotografa em JPEG- nunca usei esse formato na vida.
Quem usa JPEG só vê imagens prontas. Nada de imagens em preto e branco entrelaçadas, nem informações esotéricas de gama. Mas isso não significa que a imagem não tenha sido capturada em RAW. Significa apenas que essa imagem RAW capturada, em nome da conveniência, ja foi processada para você de acordo com os parâmetros definidos nos menus da câmera.
Mas quem processou? A própria câmera, claro. Ela tem um chip conversor embutido que faz todo o trabalho descrito acima (interpolação, balanço de branco, correção de gama e outros) É como se seu filho administrasse fielmente a lojinha da família.
Para que trabalhar direto no RAW, então? Ainda seguindo nossa pequena metáfora comercial, por melhor que seu filho gerencie a lojinha, você é um administrador muito mais experiente e competente, com capacidade de tornar melhores decisões e fazer seu negócio render mais.
(PAUSA PARA UMA EXPLICAÇÃO, no livro ele coloca um box com informação vou traduzir ele aqui)
-uma foto passa pelo sensor\amplificador de sinal\conversor A|D(aqui acaba o RAW), o arquivo JPEG passará depois disso por: demosaicing\balanço de branco\correção de gama\interpetação colorimétrica\redução de ruído\aumento de nitidez.-
AGORA SEGUE O TEXTO
Através dessa comparação, podemos ver que o processo é basicamente o mesmo. O que muda de um formato para o outro é apenas quem toma as decisões. Podemos então chegar às seguintes características:
JPEG:
ºÉ um arquivo já comprimido;
ºusa apenas 8 dos 12\14 bits capturados;
ºo desempenho do conversor de RAW da câmera e seriamente limitado pelo tamanho físico do chip, o tempo disponível para processamento e o consumo de energia;
ºo contraste, o balanço de branco e a nitidez da imagem são previamente definidos pelo usuário através dos menus da câmera, não sendo necessariamente os melhores para imagem que está sendo capturada.
RAW:
ºÉ comprimido, mas por algoritmos que não causam perda de qualidade
ºdisponibiliza todos os 12\14 bits de cor capturados;
ºusa conversores de RAW muito mais potentes (pense num Mac Pro com 4 processadores e o Adobe Lightroom em comparação ao pequeno e magrelo chip GIC IV da Canon);
ºo balanço de brancoo, o contraste, a gama e a nitidez são definidos depois da captura, no momento da conversão (e ainda acrescento: são definidos pelo usuário num grande monitor, imagem a imagem, longe da pressão da sessão fotográfica numa confortável cadeira, com um café na mão).

Então, o que podemos deduzir dessa diferença?

Os arquivos RAW possuem uma quantidade maior de informação, que pode ser mais criteriosamente analisada e assimilada. Ajustes errôneos de câmera pode ser facilmente contornados, uma vez que estão ali simplesmente para constar - a informação continua crua, não processada.

E o mais importante: arquivos em RAW não possuem um espaço de cor definidojá que a interpretação colorimétrica ainda não foi realizada. Eles não são sRGB, não são Adobe RGB (melhor link que achei sobre a discussão do que são essas duas definições), tampouco ProPhoto RGB (a definição está em inglês mas o google tradutor resolve seu problema, caso não saiba inglês). E existe ainda a possibilidade de processá-los de acordo com o perfil de cor da própria câmera e a resposta de cor que desejamos - algo como Canon 40D Neutral ou Portrait.
O resultado são tons de pele muito bem resolvidos e detalhados, uma maior latitude e suavidade nas transições."

Na minha opinião ele foi bem esclarecedor, espero que assim como eu, vocês tenham gostado, até a próxima!

2 comentários:

  1. de fato vejo que esta mesmo aprendendo só. que bom. fico feliz com isso. vc antes de entrar na universidade tinha alguma experiência com fotografia?

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  2. não eu não tinha, só vim a pegar de fato numa cÂmera em 2007 com a famosa cyber shot. entrei na fotografia por conta do psicodelismo, q me deu uma visão diferente de fotografia, fui evoluindo na prática, mas conhecimento teórico era quase zero, ai na faculdade fui aprendendo termos técnicos e sobre fotojornalismo que foi meu TCC, hoje tento passar nesse blog minhas experiencias lidas e vividas, espero que continue lendo meus post e comentando seja criticamente ou elogiando, obrigado

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